Setembro Amarelo é uma campanha que acontece desde 2014 em todo o país e visa a conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio. O período foi escolhido porque 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
O CRAS Ouro Preto, que integra a secretária de Assistência Social , também aderiu a campanha e durante o mês de setembro estão sendo realizadas AÇÕES com o objetivo de informar, esclarecer, conscientizar, envolver e mobilizar a sociedade sobre um assunto ainda considerado tabu.
A coordenadora do CRAS, Juara Oliveira, coloca que havia um entendimento de que não se poderia falar sobre suicídio porque seria uma forma de incentivo. “Atualmente sabemos da importância da conscientização para que as pessoas fiquem atentas e saibam identificar quem precisa de ajuda. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos podem ser prevenidos”, esclarece Juara.
Entre as muitas ações realizadas, nesse sentido, uma atividade diferenciada marcou a tarde de quinta-feira (13). Em frente a Praça Albino Hillebrand, a equipe do CRAS Ouro Preto e seus grupos em parceria com o PIM Criança Feliz promoveu com CRIATIVIDADE, uma abordagem extremamente importante junto a comunidade. De forma alegre e divertida as equipes distribuíram à população mensagens de otimismo e adesivos do Setembro Amarelo.
A VITÓRIA DA VIDA
Lucia Pinto de Souza, 60 anos, moradora do Cantares, hoje cuidadora de idosos tem uma história de vida marcada pelo sofrimento e também pela superação. Passou por dois casamentos infelizes, foi agredida fisicamente e moralmente pelos dois ex maridos. “Cheguei a dormir trepada em uma árvore com meus dois filhos para não ser espancada pelo meu primeiro companheiro. Fugi de Campo Novo (SC) para Carazinho onde conheci meu segundo marido. Com os anos vieram mais dois filhos e também os problemas com álcool, drogas e traição. Ele se revelou um homem muito agressivo e me batia demais. Entrei em depressão. Não via mais luz no fim do túnel.
Minha VIDA parecia não ter mais sentido. Por duas vezes tentei me MATAR para acabar com o sofrimento que me consumia diariamente”, diz Lucia complementando que se ainda está viva é porque que Deus quis que tivesse uma nova chance ao procurar o CRAS Ouro Preto. “Foi o que me salvou”, admite.
No CRAS Lucia, assim como outras mulheres que também enfrentam problemas semelhantes, participa de grupos de terceira idade, palestras motivacionais, oficinas, acompanhamento com psicóloga e várias atividades que transformaram sua vida.
Hoje, distante de tudo que lhe faz mal, Lucia mora sozinha e fez questão de participar desta ação de Prevenção ao Suicídio. “Sou um exemplo de que podemos vencer e viver”, afirma com brilho nos olhos.
Autor: Assessoria de Comunicação
