Como já vem ocorrendo semanalmente, o grupo de trabalho formado por lideranças políticas, empresariais e entidades de classe contrárias a construção do presídio feminino regional de Passo Fundo, em área próxima a Carazinho, esteve novamente reunido no gabinete executivo com o prefeito Milton Schmitz e a vice-prefeita Valéska Walber, na tarde de quinta-feira (15).
A ideia é criar uma forte mobilização que leve o governo do estado a rever o local para a construção da casa prisional. Importante ressaltar, que Carazinho não é contra a obra, é do conhecimento de todos a necessidade da construção do presídio, porém, a comunidade não concorda que a edificação seja feita no local que está proposto, as margens da BR-285, a 5km de Carazinho e a 35km de Passo Fundo.
Além disso, o presídio estará ao lado da nascente do rio da Várzea, podendo contaminar fonte de água potável de mais de 60 mil pessoas e ainda acarretar outros problemas, como a criação de vilas irregulares, segurança da população e possível alta de demanda no HCC.
A bióloga, Danusa Ribeiro Poletto dos Santos, apresentou na ocasião um material apontando uma série de irregularidades no que se refere a questões ambientais e licenciamentos para a construção. Outra questão, é o impacto ao entorno da obra já que de acordo com a bióloga, as legislações expõem que não pode haver atividade de grande impacto ambiental em um raio de menos de 10 quilômetros de uma unidade de conservação, o que é o caso o Parque João Alberto Xavier da Cruz.
Outro apontamento é de que não houve estudo sobre o impacto de vizinhança da obra. O material serviu de conteúdo para denúncias encaminhadas ao MP, Fepam e Ibama.
Foi apresentado ainda, pela comunicação, um vídeo que já está circulando nas redes sociais e integra uma campanha de alerta e formação de opinião pública contraria a localização. O encontro contou também com a presença da imprensa.
Fonte: Assessoria de Comunicação