Mudanças na estrutura social e familiar inseriram as mães no mercado de trabalho, e transformações na sociedade criaram uma rotina desafiadora nas cidades, o que faz, junto a outros fatores, com que as pessoas tenham cada vez menos tempo para dedicar à família e a comunidade. A consequência disso é que a relação entre pais e educadores ficou mais distante, no qual os dois lados precisam dividir responsabilidades de aperfeiçoar as crianças para o outro, sem compreender que o papel de ambos é complementar, uma vez que a função da educação atual não é mais o de transmitir conteúdos, mas de envolver os alunos no processo de ensino-aprendizagem e formá-los cidadãos, como partes essenciais de um coletivo.
Nesse sentido, uma força tarefa em Carazinho pretende contribuir para mudar este quadro. Várias instituições estão unidas: Executivo Municipal, Legislativo através dos vereadores Eduardo Assis, Erlei Vieira e Orion Albuquerque, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Escola de Pais do Brasil, seccional Carazinho, JCI de Carazinho, Unidades Escolares e Segmentos da Rede Municipal de Ensino irão a partir deste ano desenvolver várias ações para que as relações entre Família e Escola se fortaleçam. O Prefeito Municipal Sr. Renato Süss promulgou o Decreto Executivo nº009, que fortalece o desejo de todos.
A comunidade educativa da instituição escolar deverá criar vários mecanismos, através de seu projeto pedagógico anual, para que a família participe ativamente do cotidiano escolar, buscando fortalecer valores tradicionais que estão um pouco esquecidos, principalmente os universais: amorosidade, responsabilidade,comprometimento, lealdade, integridade, disciplina, honestidade, ética... e, que também, acompanhem a construção da identidade dos filhos, dos alunos entregues as unidades escolares.
Não se pode, como pais e como sociedade, esperar que a escola dê conta sozinha de questões morais e de comportamento dos estudantes – corrigir a rota não deve ser uma exclusividade nem de uma, nem de outra parte. Mas se os pais souberem trabalhar em parceria com os educadores, poderão unir a expertise pedagógica ao apoio emocional familiar, e então fazer da educação de nossas crianças e adolescentes um projeto compartilhado.
“É necessário que os muros da escola deixem de significar barreiras e passe a existir para ampliar a atuação do processo educacional em um contexto multidisciplinar.”
A Escola precisa cuidar da escolarização, que é um pedaço dentro da Educação. Mas, pai e mãe não podem terceirizar este serviço, também os compete. A família é uma unidade afetiva, é um espaço onde a vida precisa fluir em abundância. Em virtude de ser um lugar de amor, um ambiente de exigência e de compromisso.
Autor: Imprensa